FEP de Prata na 1ª edição do “The Economist Undergraduate Case Competition”

FEP

O desafio lançado pela competição, promovida pelo conceituado jornal “The Economist” e pela Kerrisdale Capital, consistia em realizar um ensaio sobre um mercado/empresa que se encontra sobreavaliado e poderá entrar em falência em 2020, tal como o título indica “Find a Zero: Which Billion Dollar Company Will be Bankrupt by 2020″. Foram 18 as equipas participantes, cada uma constituída por três alunos de licenciatura, provenientes de todos os cantos do planeta, sendo que a equipa da FEP foi a única representante da Península Ibérica.

A equipa da FEP, composta por José Maria Antunes, Inês Rocha e Maria Manuel Coutinho e orientada pela Professora Renata Blanc, dissertou sobre a extratora e distribuidora de carvão Peabody Energy. Após uma análise extensiva e decomposta em três passos, como explicado no site da competição (…), a equipa da FEP  afirmou que “após uma análise focada no comportamento da empresa (Peabody Energy), nos seus pares, nas cinco maiores tendências que acreditamos que irão atacar este sector e ainda uma análise financeira que torna mais abrangente a nossa perspectiva do problema e dá fundamentos para a nossa hipótese final: a Peabody Energy vai entrar em recessão e vai entrar em falência nos próximos cinco anos”.

Esta análise completa pode ser consultada no site (http://www.economist.com/whichmba/mba-case-studies/case-study-competition-2015/fep-school-economics-and-management-university-porto) e valeu à FEP o segundo lugar nesta competição e o prémio monetário de 5.000 dólares.

Este é mais um reconhecimento internacional da equipa da FEP International Case Team que tem vindo a acumular prémios internacionais.

 

Robôs – os novos amigos dos agricultores do Douro

O projecto, coordenado pelo Professor Raul Morais da Escola de Ciências e Tecnologia da UTAD, pretende desenvolver um protótipo de robô móvel que consiga intervir nos terrenos mais acidentados, como os da região vinícola do Douro, como nos conta a revista técnico-científica agrícola, Agrotec.

Raul Morais, doutorado em Engenharia Electrotécnica (área de microelectrónica) pela UTAD, já trabalha nesta área há muitos anos como nos apercebemos pela sua tese de doutoramento “Micro-interface Sensorial em Tecnologia CMOS com Transmissão de Dados por Rádio-frequência para Aplicações Agrícolas”, em 2004. Em 2006, conseguiu o financiamento para o projecto de recolha de dados para a vitivinicultura de precisão na Região Demarcada do Douro, projecto PTDC/EEA-ELC/73478/2006. Foi criando assim um caminho sustentado para este projecto mais recente.

Trata-se de um projecto multidisciplinar na área da Engenharia, visto incluir um vasto terreno de interesse para a instrumentação, electrónica, controlo de sistemas, tal como contou à Agrotec “a robótica móvel tem tido um maior destaque por ser uma área transversal e com aplicação em diversos campos, mas também por agregar um grande número de competências dos docentes dos cursos ancorados na Escola de Ciência e Tecnologia da UTAD. Assim, a nossa investigação nesta área tem sido direccionada para os aspectos que permitem a navegação autónoma de robôs, em terrenos de dificuldade acrescida, com o objectivo de, num futuro próximo, poder realizar operações de monitorização sensorial”. Importa referir que a vinha não é a única cultura que poderá beneficiar deste ajudante electrónico, mas também a agro-indústria, a floresta e agricultura de precisão.

Actualmente, o projecto conta já com um pequeno robô, todo-o-terreno. Este robô, equipado com várias ferramentas, desde GPS, câmaras, e outros sensores, que têm permitido, aos alunos de mestrado e doutoramento deste grupo, o desenvolvimento e optimização de diferentes algoritmos de detecção de obstáculos, trajectórias optimizadas.

Raul Morais termina, contando “Numa perspectiva de evolução a médio prazo, o passo natural é o de desenvolver ferramentas de actuação para robôs de maior porte, que possam realizar intervenções no campo sem recorrerem a operadores humanos como, por exemplo, a pulverização inteligente, o corte selectivo de matéria vegetal e a limpeza de ervas, entre outras tarefas de utilidade, nas mais variadas práticas agro-florestais”.

 

fonte: http://www.agrotec.pt/noticias/utad-desenvolve-robots-para-ajudar-agricultores-do-douro/.
foto: DR

linkedcare – a plataforma digital que quer aproximar todos os intervenientes no sector da saúde.

linkedcare

É portuguesa, nasceu em Abril de 2011 com o objectivo de criar novas pontes entre todos os agentes envolvidos na saúde – médicos, pacientes, enfermeiros, farmacêuticos. Contam já com mais de 2300 médicos, várias farmácias na região do Porto e Lisboa e já planeiam a internacionalização.
Pedimos a Miguel Filipe, chefe do departamento de desenvolvimento de negócio da linkedcare, que nos contasse um pouco mais da história promissora desta jovem empresa portuguesa.

 

No site da linkedcare, pode ler-se que esta começou em 2011 pelas mãos de Nuno Pacheco e Hans-Erhard Reiter. Como começou o vosso interesse por esta área? Qual a vossa motivação?

A linkedcare nasceu em abril de 2011, fundada por Hans-Erhard Reiter e por Nuno Pacheco. O interesse e motivação iniciais dos fundadores é bastante anterior a 2011 e era na altura mais focado na área dos dispositivos de mHealth (mobile health). Após uma análise mais aprofundada dos problemas do sector da saúde em todo o mundo, a conclusão foi que há uma necessidade de soluções que vão muito para além dos dispositivos, daí o desenvolvimento da linkedcare.

 

O principal produto da linkedcare é uma aplicação para médicos e pacientes com o objetivo de manter o histórico, agendar consultas, prescrever medicamentos, entre outras atividades, correto?

A linkedcare tem como objetivo desenvolver o primeiro verdadeiro ecossistema digital na área da saúde a nível mundial, tendo começado por ligar médicos e cidadãos. Através da sua aplicação segura e de acesso gratuito (prolinkedcare para os profissionais de saúde e mylinkedcare para os cidadãos), a linkedcare permite aos médicos gerir toda a sua prática médica de forma integrada, ao mesmo tempo que ficam mais próximos dos seus pacientes, possibilitando aos cidadãos terem uma participação mais ativa na gestão da sua própria saúde e bem-estar.

 

O objetivo passa também por interligar as farmácias, nesta plataforma, certo?

O objetivo é ligar todos os intervenientes que atuem na área da saúde. Isso inclui, naturalmente, as farmácias. Nesse sentido, no início deste ano de 2015, lançámos o resultado de uma parceria com farmácias nas regiões de Lisboa e Porto. Através da aplicação mylinkedcare, o utilizador pode facilmente enviar um pedido de encomenda à farmácia e beneficiar de uma entrega rápida e, na maior parte dos casos, gratuita. Os medicamentos ou outros produtos de farmácia são entregues na morada que indicar (ex: residência, local de trabalho), podendo inclusivamente a entrega ser efetuada no próprio dia (dependendo da hora e do local). Adicionalmente, uma vez que as farmácias parceiras têm uma disponibilidade muito acima da média dos medicamentos mais requisitados, de uma forma geral os utilizadores mylinkedcare beneficiam também das suas receitas serem aviadas na totalidade numa só entrega.

 

Pretendem que a linkedcare seja utilizada também no Serviço Nacional de Saúde? E outros serviços de seguros de saúde?

Em relação à aplicação prolinkedcare para médicos, o nosso foco começou e continua a ser os médicos com prática privada e que têm a possibilidade de escolher a aplicação que desejam como a melhor para gerir esse mesma prática. A possibilidade da aplicação vir a ser utilizada no SNS ou em grandes grupos privados é algo que consideramos como uma possibilidade a médio-prazo, dependendo sempre das condições de mercado e também da estratégia global da linkedcare.

 

No vosso site, podemos ler que em Novembro de 2014 já contavam com 2300 profissionais de saúde. Como tem sido a avaliação dada pelos utilizadores?

Trabalham em contacto direto com eles?

Os números continuam a crescer a um ritmo que supera as nossas melhores expectativas iniciais e a avaliação por parte dos utilizadores continua a ser excelente a todos os níveis. A aplicação tem espaços para que os médicos possam diretamente partilhar as suas sugestões de melhoria e, em complemento, trabalhamos em contacto direto com muitos dos nossos utilizadores no sentido de melhor compreender a sua prática e de como evoluir no sentido de facilitar o seu dia-a-dia e a interação com os seus pacientes.

 

Até onde acham que podem chegar a nível de mercado?

A linkedcare tem como objetivo desenvolver o primeiro verdadeiro ecossistema digital na área da saúde a nível mundial. Quer no que diz respeito aos profissionais de saúde quer em relação aos cidadãos, não nos colocamos nenhum limite em termos de ambição. Acreditamos que uma aplicação como a linkedcare trará tanto mais valor para todos os envolvidos quanto maior for a sua adopção e utilização.

 

O futuro da linkedcare passará também pela internacionalização?

Sem dúvida. O nosso projecto foi desenvolvido desde o início com uma perspectiva global e em 2016 deveremos lançar as nossas operações também nos EUA.

 

A linkedcare pretende desenvolver mais aplicações na área da saúde?

Desenvolvemos essencialmente a aplicação linkedcare, ou seja, um ecossistema de aplicações linkedcare (para os profissionais de saúde, para os cidadãos, etc.).

A inovação é algo essencial e está no centro de uma empresa como a linkedcare; os nossos profissionais estão sempre em busca de novas soluções que possam conduzir a uma melhor saúde, a todos os níveis.

 

Como imaginam que a relação médico-doente vá evoluir durante os próximos, digamos, dez anos?

Esta é uma relação que nos últimos anos tem vindo a evoluir a uma enorme velocidade. As próprias tecnologias de informação e comunicação tem vindo a influir decisivamente nas mudanças que vamos verificando. Num futuro próximo, estamos certos que a relação médico-doente se irá fortalecer, especialmente se apoiadas em conceitos como os desenvolvidos pela linkedcare. Acreditamos que o médico passará a ter um acompanhamento mais próximo da saúde dos seus pacientes (para além do contacto presencial), criando relações de maior continuidade e valor para ambas as partes.

 

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U.Porto continua a escalada pelo topo mundial: destaque em 13 áreas de ensino e investigação

UPorto

A Universidade do Porto ficou classificada em 293º lugar no ranking “QS World University Rankings” da responsabilidade da empresa Quacquarelli Symonds e disponível em www.topuniversities.com que foi publicado esta quarta-feira dia 29 e que diz respeito ao ano de 2014. Desta forma conseguiu escalar 50 lugares desde o ano passado, que deu continuidade à escalada desde 2012, onde se contava nas melhores 450 Universidades, de acordo com o mesmo ranking. Assim, este ano, foi capaz de somar 42 pontos no complexo sistema de pontuação deste ranking que inclui critérios relacionados com Ensino e Investigação nas diferentes áreas. A pontuação foi normalizada a 100, pontuação atribuída ao MIT- Massachusetts Institute of Technology, primeiro classificado deste ano.

O ranking publicado descrimina os resultados por área dentro da Universidade permitindo perceber o ranking de forma especializada, por área. Assim, das cinco áreas descriminadas, Artes e Humanidades, Engenharia e Tecnologia, Ciências da Vida e Medicina, Ciências Naturais e por fim Ciências Sociais e Gestão. Destas o destaque vai claramente para a área de Engenharia e Tecnologia, onde a U. Porto se classificou como 169º. Já as áreas de Artes e Humanidades e Ciências Naturais, conseguiram os 398º e 380º lugares, respectivamente. Este ranking mostra assim a dispersão da pontuação por áreas, podendo ser um indicador para futuras melhorias.

Relativamente ao factores usados para a classificação, a Reputação académica (que se relaciona com a qualificação dos Professores e Investigadores) e o número de citações por Faculdade são os factores onde a U.Porto mais se destaca pela positiva. Estes factores contrastam com o número de estudantes estrangeiros e a exigência na escolha dos alunos, onde a U.Porto obteve as suas piores classificações.

Quando contextualizada com o panorama nacional, a Universidade do Porto encontra-se classificada como a melhor universidade portuguesa em 19 das 36 áreas de ensino e investigação avaliadas por este ranking.

 

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Drones mãos livres ou os Portugueses que controlam drones através das ondas do cérebro

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Foi no passado dia 20 que uma equipa de investigadores portugueses conseguiu controlar o voo de um drone nos céus de Lisboa directamente através das ondas cerebrais de um controlador. Claro que, todos os drones são controlados por ondas cerebrais, no entanto, o controlador em vez de comandar o drone através de um comando, fê-lo directamente a partir das ondas cerebrais – captadas por um conjunto de eléctrodos colocados directamente sobre a sua cabeça. “Esta é a primeira demonstração pública de um voo real, completamente inédito” contou Ricardo Mendes, coordenador do projecto por parte da empresa Tekever Brainflight.

Nuno Loureiro foi o “piloto” responsável por este voo inaugural. Nuno Loureiro é investigador da Fundação Champalimaud contou à euronews “Idealmente isto (o controlo) não deverá ser muito difícil. Com mais treino seremos capazes de fazer mais e o controlo deverá ficar mais intuitivo” (http://www.euronews.com/2015/04/20/portuguese-researchers-discover-the-secret-of-mind-control/#.VTtxf4vYr60.facebook)

Assim, este projecto, que já tinha impressionado com o seu voo simulado directamente controlado por ondas cerebrais há um ano atrás (http://www.publico.pt/tecnologia/noticia/projecto-europeu-mostra-aviao-controlado-pelo-cerebro-humano-1637987), volta a impressionar e foi já destaque de várias publicações internacionais como a revista “How it works”, e os canais “Fox Business Network” e BBC. Esta tecnologia é baseada numa interface cérebro-máquina –  sistema composto por eléctrodos que são aplicados directamente numa touca que é colocada na cabeça do “piloto”. Através de software, também desenvolvido por esta equipa, os investigadores conseguem “ler” a mente do “piloto” e posteriormente codificar e emitir as ondas rádio que irão ser recebidas pelo drone.

“Em princípio, qualquer pessoa pode aprender a controlar o drone, mas claro que o controlo depende das capacidades de aprendizagem de cada pessoa” contou Rui Costa, da Fundação Champalimaud.

Estes progressos foram feitos no âmbito de um projecto europeu do qual fazem parte estas duas instituições portuguesas: a Fundação Champalimaud e a companhia Tekever (que recentemente foi notícia por ter adquirido uma parte  significativa do grupo Santos Lab, o principal produtor de sistemas aéreos não tripulados) e a Eagle Science e a Universidade de Munique – http://cordis.europa.eu/result/rcn/147263_en.html. Tal como se pode ler na apresentação deste projecto, as vantagens de tal projecto são: diminuir a carga física a que um piloto está sujeito e, desta forma, não excluir as pessoas com certas deficiências físicas deste trabalho. Ricardo Mendes, acrescentou ainda horizontes mais vastos para esta tecnologia, como a aplicação em cadeiras de rodas, ou mesmo para controlar os vários equipamentos domésticos em casa.

Que continuem os grandes voos!

 

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InvestPorto criada para atrair investimento para a cidade do Porto

No passado dia 16 foi apresentada a InvestPorto, a entidade directamente do Presidente da Câmara do Porto cujo objectivo principal é atrair investimento para a cidade do Porto. O  Presidente da Câmara, Rui Moreira afirmou “a InvestPorto visa contribuir para a criação de um ambiente de negócios mais propício ao investimento, tendo também a responsabilidade de acompanhar o investidor durante todas as fases do processo de investimento” tentando capitalizar as “vantagens competitivas da cidade do Porto como destino favorável à atração de investimento direto, nacional e estrangeiro”, como pode ler-se no site da CMP (http://www.porto.pt/noticias/camara-quer-atrair-mais-investimento-para-a-cidade-com-a-criacao-da-investporto)

Liderada por Ana Teresa Lehmann, a InvestPorto conta já com 22 acordos assinados com diferentes entidades como, Portugal Foods, CEIIA – Centro de Excelência da Indústria Automóvel, Produtech – Pólo das Tecnologias de Produção, Pólo da Moda, Universidade do Porto, Instituto Politécnico do Porto, Universidade Católica, Agência para o Desenvolvimento das Indústrias Criativas, Associação para o Desenvolvimento da Viticultura Duriense, Instituto Politécnico do Porto, Associação Empresarial de Portugal, Agência nacional de Inovação e a Britsh Portuguese Chamber of Commerce.

No caso concreto da U.Porto, o seu papel será o de “promover a interação entre o sistema científico e tecnológico e o tecido empresarial, potenciando a transferência de conhecimento e tecnologia de suporte à criação de novas dinâmicas de negócio, com vista ao reforço da competitividade e atratividade da cidade do Porto, a nível internacional”. A Universidade compromete-se ainda a “estimular e apoiar o tecido empresarial local no desenvolvimento da inovação de uma forma sistemática e sustentada, designadamente através da sua rede de partilha de conhecimento focada na I&DT, e de outras atividades direcionadas para a valorização do conhecimento e a inovação empresarial”, como ficou registado no site da UP (http://noticias.up.pt/universidade-vai-ajudar-a-trazer-mais-investimento-para-o-porto/). Estão previstas as realizações de conferências, seminários, encontros temáticos, business forums e outras “iniciativas que promovam o estímulo ao desenvolvimento empresarial”, bem como a participação em” projetos que promovam a atração de atividades de elevado valor acrescentado para a economia local, intensivas em conhecimento e inovação e com forte interação com entidades do sistema científico e tecnológico”. Ana Lehman, acrescentou ainda que a agência já foi contactada por “um número significativo de investidores nacionais e internacionais”(…)”com necessidades para daqui a dois anos”.

Portugueses “vêem” o “primeiro” Exoplaneta

Isolating a Planet's Spectrum

O exoplaneta –     planeta que orbita em torno de uma estrela que não o nosso Sol, i.e. um planeta de um outro “sistema solar” – 51 Peg b foi “visto” – isto é a sua luz reflectida foi detectada –  por uma equipa de cientistas liderada por Jorge Martins, do Centro de Astrofísica da Universidade do Porto (CAUP), como podemos ler no site de divulgação científica dedicada à Astronomia Portuguesa e não só, AstroPt

 

O planeta 51 Peg b tem uma carga histórica associada, visto ter sido o primeiro exoplaneta a ser descoberto. A descoberta deu-se há 20 anos atrás, em 1995, quando Michel Mayor e Didier Queloz publicaram na revista Nature, a detecção dos efeitos gravitacionais deste planeta no seu “Sol”, a estrela 51 do Pégaso, que se encontra a 51 anos-luz do sistema solar. Foi o primeiro planeta da classe “Júpiteres Quentes”  – exoplanetas gigantes compostos sobretudo por gás, tal como Júpiter, mas que ao contrário deste completam a sua órbita em poucos dias.

Agora, em 2015, a equipa liderada por Jorge Martins utilizou uma técnica inteligente para medir a luz reflectida do exoplaneta 51 Peg b. Aqui na Terra, mais em particular no Observatório de La Silla, no Chile, apenas nos chega uma pequena fracção da luz emitida pela estrela 51, e apenas uma ínfima parte dessa fracção é da responsabilidade da reflexão no planeta 51 Peg b. Assim os autores pensaram que, se a cada espectro da estrela removermos um espectro base 51 do Pégaso, o que sobra é um espectro débil da luz reflectida pelo planeta. Esta estratégia necessita de muita luz recolhida da estrela, e para isso é necessário utilizar um telescópio de muito grande abertura, que neste caso se chama HARPS e se encontra no Chile.

Estes resultados foram publicados na revista internacional “Astronomy and Astrophysics” e são só mais um sinal da bela relação que há entre os astrónomos portugueses e os exoplanetas.

 

fotos: DR
vide: http://www.astropt.org/2015/04/06/equipa-liderada-por-portugueses-detecta-luz-reflectida-pelo-primeiro-exoplaneta/

Investigador Português Pedro Vieira é o vencedor da conceituada medalha Gribov

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Investigador Português Pedro Vieira é o vencedor da conceituada medalha Gribov

É com grande orgulho que lemos no site da divisão de altas energias e partículas da Sociedade Europeia da Física, que Pedro Vieira foi o vencedor da medalha Gribov (http://eps-hepp.web.cern.ch/eps-hepp/) – atribuída a jovens  físicos (menos de 35 anos). Este prémio foi atribuído pelas suas contribuições “groundbreaking” para a determinação exacta do espectro e amplitudes de dispersão de dimensões anómalas na teoria supersimétrica de Yang- Mills, ou resumindo em teoria de campo no domínio da física teórica.

Este conceituado prémio segue a Sloan Fellowship que Pedro Vieira já tinha ganho no ano passado, cuja importância é tal que basta dizer que 42 dos premiados com esta Fellowship vieram mais tarde a ganhar o prémio Nobel, como pode ler-se no site do Perimeter Institute, onde Pedro Vieira está actualmente (http://www.perimeterinstitute.ca/node/95855).

O director do Perimeter Institute, Robert Meyers, assegura que “todos estamos contentes por ver o trabalho do Pedro reconhecido de forma tão abrangente. (…) Ele tem uma rara combinação de talento matemático e intuição física, e ele tem feito um trabalho notável. (…) Pedro é verdadeiramente um extraordinário jovem cientista”.

Pedro Vieira, licenciado em Física pela Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, membro do respeitado Perimeter Insitute, vê assim o seu trabalho reconhecido, com a medalha e com um prémio monetário não especificado.

Vamos continuar a seguir, com orgulho, o trabalho deste jovem cientista que hoje brilha mais alto!

 

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BIP – O programa a dar gás às ideias da UP!

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O BIP – Business Ignition Programme é “um programa de iteração de modelos de negócio para tecnologias desenvolvidas no meio académico” como pode ler-se no site: http://bip.splashthat.com/. Trata-se de um curso destinado aos alunos/investigadores e comunidade académica da UP em geral com o objectivo de identificar oportunidades de mercado para potenciais produtos, ensinar e capacitar os participantes das ferramentas necessárias à comercialização de tecnologias e assim criar novas oportunidades de negócio de base tecnológica.

 

O programa que começou em 2011, tem a organização deste ano a cabo da UPIN – U.Porto Inovação, que é o gabinete de transferência de conhecimento da Universidade do Porto em parceria com a ANJE – Associação Nacional de Jovens Empresários e a Startup Pirates que asseguraram a presença de pelo menos oito tutores e mentores com experiência no ensino e no mundo empresarial de base tecnológica. A ideia-base do programa é que se constituam equipas mistas (investigadores + mentores) que ao longo de 12 semanas, uma vez por semana, vão aprimorando o seu modelo de negócio de acordo usando as metodologias que lhes são ensinadas e que foram desenvolvidas por Alexander Osterwalder – Business Model Canvas – e por Steve Blank – Customer Development.

A edição de 2015, que começou no dia 12 de Janeiro, conta com dez equipas participantes e terminou dia 6 de Abril, com a sessão de encerramento que contou com a apresentação pública de cada um dos projectos: MateRHEials, Projecto BeAux, Future NanoCoatings, Supressor de Feedback Acústico, Startmeter, Smart Heat Switch, RICLA, Janela Solar, Avatar Pipeline e Airpark. Para além das equipas participantes, a sessão contou com a presença de alguns investidores (e representantes de grupos de investidores) que assim ficaram a conhecer potenciais projectos de investimento. A sessão ocorreu na ANJE, Porto – e contou com a participação do “tubarão” João Koehler da ANJE, Fátima Ramalho da U.Porto Inovação, e Inês Santos Silva da Startup Pirates. A sessão contou ainda com a presença de alguns investidores (e representantes de grupos de investidores) que assim ficaram a conhecer potenciais projectos de investimento. O resultado foi uma sessão animada, onde se destacou a qualidade e inovação destes projectos, que se encontram em diferentes estados evolutivos

 

Cá estaremos para lhes desejar sorte e acompanhar no futuro próximo!

 

Fotos: DR

ZECA – o robot minhoto que está a ajudar as crianças autistas!

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O projecto da Universidade do Minho “Robótica – Autismo” , desenvolveu e apresentou o robot ZECA, sigla para “Zeno Engaging Children with Autism”. O projecto teve início em 2009 no Centro Algoritmi e no Departamento de Electrónica Industrial da Universidade do Minho, e é coordenada pela Professora Filomena Soares, juntamente com Cristina Santos, João Sena Esteves, Sandra Costa, Ana Paula Pereira (CiED – Uminho) e Fátima Moreira (APPAACDM – (Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão com Deficiência Mental).

Como pode ler-se no site dedicado ao projecto (http://robotica-autismo.com/), o principal objectivo deste é usar robots para melhorar vida social de crianças com perturbações do espectro do autismo. Em particular, pretende melhorar as capacidades de interacção, comunicação e reconhecimento de emoções num ambiente social por parte destas crianças.

Várias publicações científicas apontam para a (boa) influência dos robots na melhoria das capacidades sociais destas crianças, sendo que recentemente esta prática foi classificada como uma das 27 práticas de intervenção a usar no desenvolvimento destas crianças (http://www.robokindrobots.com/robots4autism-home/robots4autism-research/).

Como surge então este casamento entre robots e as crianças com perturbações do espectro do autismo?

Como responde a Dr. Pamella Rollins, do UT Dallas Callier Centre for Communication Disorders, “All kids with autism have problems with social interactions, but they are really really good at technology” (Todas as crianças com autismo têm problemas nas suas interações sociais, contudo são mesmo mesmo boas/interessadas em tecnologia) na sua entrevista à CNN (http://edition.cnn.com/videos/tech/2015/04/02/lead-pkg-foreman-robots-help-fight-autism.cnn) .

Os testes realizados com o ZECA, em cenário de jogo, mostraram que as crianças autistas portuguesas “…melhoraram os seus níveis de resposta, envolvimento e interesse na interacção. Exibiram mais comportamentos não-verbais e tiveram um desempenho significativamente melhor nas tarefas, quer na identificação e imitação das expressões faciais como na inferência dos estados afectivos de colegas”, como conta ao Jornal Público (http://www.publico.pt/sociedade/noticia/universidade-do-minho-cria-robo-que-ajuda-criancas–com-autismo-1691197)

Este projecto que já resultou em quatro teses de mestrado, pelo menos três artigos internacionais, e  dezenas de contribuições (poster/oral e convidadas) em conferências científicas nacionais e internacionais, foi recentemente distinguido no site de referência internacional Robokind (http://www.robokindrobots.com/robots4autism-home/robots4autism-research/) .

Esta é sem dúvida uma janela de esperança para este distúrbio neurológico que afecta uma em cada mil pessoas.