![mind-controlled-drones-are-a-reality[1]](http://excelenciapt.com/site/wp-content/uploads/2015/04/mind-controlled-drones-are-a-reality1.jpg)
Foi no passado dia 20 que uma equipa de investigadores portugueses conseguiu controlar o voo de um drone nos céus de Lisboa directamente através das ondas cerebrais de um controlador. Claro que, todos os drones são controlados por ondas cerebrais, no entanto, o controlador em vez de comandar o drone através de um comando, fê-lo directamente a partir das ondas cerebrais – captadas por um conjunto de eléctrodos colocados directamente sobre a sua cabeça. “Esta é a primeira demonstração pública de um voo real, completamente inédito” contou Ricardo Mendes, coordenador do projecto por parte da empresa Tekever Brainflight.
Nuno Loureiro foi o “piloto” responsável por este voo inaugural. Nuno Loureiro é investigador da Fundação Champalimaud contou à euronews “Idealmente isto (o controlo) não deverá ser muito difícil. Com mais treino seremos capazes de fazer mais e o controlo deverá ficar mais intuitivo” (http://www.euronews.com/2015/04/20/portuguese-researchers-discover-the-secret-of-mind-control/#.VTtxf4vYr60.facebook)
Assim, este projecto, que já tinha impressionado com o seu voo simulado directamente controlado por ondas cerebrais há um ano atrás (http://www.publico.pt/tecnologia/noticia/projecto-europeu-mostra-aviao-controlado-pelo-cerebro-humano-1637987), volta a impressionar e foi já destaque de várias publicações internacionais como a revista “How it works”, e os canais “Fox Business Network” e BBC. Esta tecnologia é baseada numa interface cérebro-máquina – sistema composto por eléctrodos que são aplicados directamente numa touca que é colocada na cabeça do “piloto”. Através de software, também desenvolvido por esta equipa, os investigadores conseguem “ler” a mente do “piloto” e posteriormente codificar e emitir as ondas rádio que irão ser recebidas pelo drone.
“Em princípio, qualquer pessoa pode aprender a controlar o drone, mas claro que o controlo depende das capacidades de aprendizagem de cada pessoa” contou Rui Costa, da Fundação Champalimaud.
Estes progressos foram feitos no âmbito de um projecto europeu do qual fazem parte estas duas instituições portuguesas: a Fundação Champalimaud e a companhia Tekever (que recentemente foi notícia por ter adquirido uma parte significativa do grupo Santos Lab, o principal produtor de sistemas aéreos não tripulados) e a Eagle Science e a Universidade de Munique – http://cordis.europa.eu/result/rcn/147263_en.html. Tal como se pode ler na apresentação deste projecto, as vantagens de tal projecto são: diminuir a carga física a que um piloto está sujeito e, desta forma, não excluir as pessoas com certas deficiências físicas deste trabalho. Ricardo Mendes, acrescentou ainda horizontes mais vastos para esta tecnologia, como a aplicação em cadeiras de rodas, ou mesmo para controlar os vários equipamentos domésticos em casa.
Que continuem os grandes voos!
fotos: DR