
D’Ornellas Boots constitui uma marca portuguesa de botas, que surgiu em 2013 (dois mil e treze). Uma linha de calçado de dois irmãos, sendo os seus criadores e rostos Gonçalo D’Ornellas e Vasconcelos e Joana D’Ornellas. A excepcionalidade destas botas vai de encontro à sua qualidade e singularidade, qualidades provenientes do facto destas botas serem manufacturadas por artesãos portugueses e materiais também portugueses na sua totalidade.

Quais as motivações que vos levaram à criação da marca das botas D’Ornellas?
A razão do surgimento das botas constitui em si uma história muito engraçada. A nossa família tem por si muita ligação à experiência rural, essencialmente em torno dos cavalos. Neste mesmo sentido o primeiro modelo D’Ornellas acabou por ser desenhado pelo Gonçalo, numa óptica de possuir umas botas versáteis que pudessem ser utilizadas tanto no campo como na cidade.
De uma necessidade particular acabou por se optar por iniciar o negócio. Permitindo ao consumir a obtenção de um par de botas que se adapta no diversos contextos, desde o clássico e elegante acompanhar de um fato, ao informal das calças de ganga.
Embora este modelo inicial tenha sido desenhado tendo em mente, enquanto público-alvo, o Homem, actualmente já produzimos quer modelos masculinos, quer femininos. Obviamente com linhas de design adaptados ao género, mas com o mesmo objectivo inicial. Podendo ainda caracterizá-las enquanto:
“Produto 100% Português, feito à mão a partir do melhor couro por artesãos especializados, o conforto e design destas botas torna-as na opção ideal para utilizar em diversas situações do quotidiano.”
Uma vez que acabaram por desenvolver modelos para Mulher, gostaria de saber se constituí também interesse em desenvolver uma gama para crianças?
Para criança nunca pensamos em fazer, uma vez, que fabricamos botas a partir do número 34 (trinta e quatro), para além de meios números. Como referido começamos com botas para Homem e agora já temos modelos para mulher, aos quais tivemos uma grande receptividade.
A D’Ornellas Boots tem actualmente três modelos disponíveis: o modelo clássico de atacadores as “D’Ornellas” e, mais recentemente concebidos, uma Bota de Elásticos laterais, as “Chelsea” e uns Sapatos (com nome a divulgar futuramente).
Num prazo, e aqui sim, constituí do nosso interesse abrir o espectro, será de desenvolver uma linha de Malas, Carteiras e alguns acessórios. Mantendo assim o mesmo público-alvo, mas indo de encontro à satisfação dos interesses e necessidades dos nossos clientes.

Onde pode o cliente obter os vossos produtos?
O cliente pode adquirir as botas D’Ornellas e entrar em contacto directo connosco no nosso Showroom em Lisboa, onde se encontram todos modelos existentes em exposição.
A aquisição pode ainda ser realizada on-line ou ainda personalizada, sob a qual nós nos disponibilizamos a deslocar ao local onde o cliente se encontra, na zona de Lisboa.
[Todos os produtos encontram-se no site, podendo acompanhar os desenvolvimentos da marca nos seguintes links: www.dornellas.pt / www.facebook.com/dornellas.boots ou ainda entrar em contacto directo, através de: www.facebook.com/joana.dornellas]
Em termos de alcance a marca já ultrapassou as fronteiras portuguesas, alcançando Xangai, México, Nova Iorque, França e Inglaterra. Qual o passo que se segue em termos de metas face ao estrangeiro?
Para além dos países mencionados, felizmente, D’Ornellas Boots já alcançou mais países. Sendo que actualmente já foi possível vender os produtos, através da internet para Israel, Estados Unidos, Alemanha, Espanha, Bélgica, Suíça, Brasil.
Em termos de metas, e após a abertura de portas em Portugal, a ambição é seguir este mesmo exemplo e sucesso noutras capitais mundiais. Ou seja, procurar a abertura a horizontes ainda mais diversos e desafiantes.
Quais os obstáculos que, pessoalmente, sentiram ao procurar expandir a marca para o estrangeiro?
Quando se inicia um negócio existem sempre realidades que nos são imprevistas, não sei se lhes chamaria necessariamente obstáculos. Mas é evidente que os desafios são diversos, estamos cientes de que o crescimento deverá sempre ser controlado.
Procurando o máximo de realismo possível, sem dar passos maiores do que as próprias pernas. Até porque sendo as botas fabricadas à mão, a produção nunca poderá ser em massa, isto é, não conseguimos explodir em quantidades imensas. Ainda assim, estamos a ganhar estrutura para um novo voo para a Europa o que é por si muito positivo para a marca.
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De volta a Portugal, a marca já foi convidada a estar presente em inúmeros eventos. De entre essas experiências, qual foi a mais marcantes?
Todos os convites são bem-vindos e desde já agradecemos e muito a todos aqueles que até então nos tem convidado para os mais diversos eventos de norte a sul do país. Mas fazendo referência a um marco, o mais importante do ainda breve percurso das D’Ornellas Boots, foi o convite para participar na Moda Lisboa. Foi marcante pois permitiu-nos abrir um percurso no mundo da Moda, o que em termos de uma marca de calçado é fulcral e acima de tudo, benéfico.
Já se tocou nas metas em termos de passagem de fronteiras, resta perguntar quais os novos objectivos que pretendem alcançar com o negócio nos restantes domínios.
Ao criar a marca D’Ornellas Boots começámos a percorrer um caminho mais difícil do que esperávamos. Estamos a falar de uma marca muito recente e ainda embrionária.
A D’Ornellas Boots têm vindo a evoluir tanto nas peles adquiridas, nos mesmos fornecedores de grandes marcas mundiais, evoluímos também em termos da densidade da borracha, entre outros pormenores que marcam a diferença. Optamos essencialmente por defender e apostar na qualidade, no design e no conforto.
Os projectos têm que ser desenvolvidos com paixão para vingarem, é essa paixão que tentamos pôr em tudo em que nos envolvemos, por essa razão, podemos orgulhar em dizer que a marca tem crescido e o objectivo passa por continuar nessa linha nos vários pontos já falados.
Para terminar, fugindo um pouco à formalidade, gostaria de saber a opinião de ambos de “como é trabalhar em família”.
Trabalhar em família, por vezes, não é fácil e temos que ultrapassar algumas ou mesmo muitas contrariedades. No entanto trabalhamos sempre com a total confiança e cumplicidade que nos une e nos torna num só. Se os diferentes pontos de vista e feitios nos levam a algumas divergências, também são essas características que nos complementam, abordando os desafios nos diferentes pontos de vista.

fotos: DR