
O finalizado mês de Maio foi palco de duas das mais reconhecidas competições mundiais de vinhos. Portugal glorificou a sua tradição vinícola na sua participação ao somar mais de mil as medalhas recebidas. Os vinhos portugueses mostram a excelência e qualidade que os identifica e conquistam cada vez mais uma posição prestigiada no panorama internacional.
O Concurso Mundial de Bruxelas realizou-se este ano em Jesolo, Itália e na sua 20ª edição reuniu mais os melhores vinhos oriundos de 45 países. Para serem avaliados e apreciados estavam presentes os mais conceituados apreciadores de vinho do mundo de 49 nacionalidades diferentes. Portugal não se deixou ofuscar, sendo que a participação portuguesas contou com mais de um milhar de amostrar e cerca de duas dezenas de provadores.

Durante os três dias do concurso nos primeiros dias de Maio foram apresentados, no total, mais de 8 000 vinhos. Os vinhos com selo nacional trouxeram 12 medalhas de Grande Ouro onde se destacaram os D’Oliveiras (1977), Herdade dos Grous Moon Harvested (2012), Kopke Porto (1941) e Vale da Raposa Touriga Nacional (2011).
Para além destes, foram arrecadadas 107 medalhas de Ouro (de entre 802) e 212 medalhas de prata (de 1.507), provenientes das mais diversas regiões do nosso país, desde o Douro ao Alentejo, culminando em 331 medalhas na sua totalidade.

Para além desta competição, os vinhos portugueses estiveram também presente na 32ª edição do concurso International Wine Challenge (IWC). Sendo considerado um dos mais prestigiados a nível internacional, teve duas semanas de provas cegas em Londres durante o mês de Abril. Cada vinho presente na competição foi “degustado pelo menos duas vezes” pelo júri e foram avaliados vinhos de 47 países.
No passado dia 18 de Maio foram anunciados os vencedores, onde os vinhos portugueses obtiveram 60 medalhas de ouro.

Os vinhos do Porto sobressaíram, com 34 medalhas de ouro conquistadas. Destas, nove foram para a Sogevinus, através das marcas Barros, Burmester, Calém e Kopke. O IWC considerou que este produtor português teve uma presença “fenomenal” na competição deste ano, até por ser “muito invulgar” uma empresa receber mais medalhas de ouro do que outras. Tal, acrescentou, demonstra a qualidade dos vinhos do Porto criados pela Sogevinus.
Para além desta região, a Alentejo e a Madeira tiveram ambas seis vinhos premiados, seguindo-se o Douro e o Dão, com cinco cada, os vinhos verdes com duas medalhas e ainda uma medalha para um moscatel de Favaios (Douro) e outro de Setúbal.
Ao todo, Portugal obteve 617 medalhas sendo que, para além das de ouro, conseguiu ainda 223 de prata e 334 de bronze.

“Estes resultados mostram que Portugal não é mais só um país de vinhos fortificados, mas que também produz vinhos não fortificados fantásticos. O vale do Douro e o Alentejo são duas regiões que fazem tintos tremendos e brancos cada vez melhores”, disse Charles Metcalfe do júri.
Referiu ainda que a região dos vinhos verdes também está a produzir “excelentes vinhos brancos, com muito sabor e menos álcool – perfeitos para o verão”.
Destacou-se ainda o vinho Justino’ Madeira Boal (1934) por ser o de mais idade premiado com ouro neste concurso, realçou o IWC.
Fontes: IWC, Açoriano Oriental e Revista Port
Infografia: IMG
Fotos: DR