
Afinal ainda existem novas ideias por criar! Quando pensamos em algo novo e criativo a questão é sempre: “Será que já existe algo assim?” Pedro Rodrigues e Manuel Vasconcelos passaram essa barreira e juntos lançam um produto novo, criativo e útil, o Col-ome.
Trabalham ainda juntos na Nano4Life-Ibérica, que constitui a designação comercial assumida pela Oau2Work+, para a sua representação em Portugal e Espanha. Sendo que o percurso de ambos inventores se cruza em 2007, numa empresa de fabrico de equipamentos para transformação do óleo alimentar usado em biodiesel.

[Sabia que…]
1L de Óleo (que passa numa ETAR) = €0,95 de custos (para a remoção de gorduras)
“Na altura tivemos um certo constrangimento de que as pessoas andavam a mandar óleo para o lixo que podia ser reutilizado energeticamente (…) para além do facto da questão ambiental, o contaminar das ETARs!”
Como surge a ideia de desenvolver o Col-ome?
Tudo começou aquando nos questionámos de que modo poderíamos diminuir este constrangimento de deitar o óleo pelo cano abaixo, diminuindo assim os custos que advêm às ETARs da purificação da água. Atendendo que as pessoas gostam de coisas acessíveis, simples, e com base de alguma experiência e objetos do quotidiano surge o Col-ome.
O Col-ome constitui uma embalagem original, com as qualidades acima mencionadas, para colocação do óleo alimentar utilizado, uma vez que permite que não exista a questão da utilização de um funil, ou: Onde colocar? Como colocar sem sujar?
Como caracteriza o percurso, desde a conceção da ideia, até aos dias de hoje?
Em termos gerais começámos por desenvolver os desenhos técnicos… Seguindo-se o contacto com o INEGI (Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial) que proporcionou auxílio na parte de desenvolver o protótipo, alguns testes de cargas, molde, entre outros.
Correu bem, mas existe ainda muito trabalho pela frente por ser feito, sendo que estamos atualmente ainda em fase de estudo! Estando em falta ainda pequenas alterações como a questão do suporte de modo a aperfeiçoar o produto às necessidades e realidade do consumidor!
Qual o passo que se segue para a concretização do mesmo?
O grande passo em frente diz respeito ao estudo de como comercializar o Col-ome e mais tarde essa mesma comercialização não será suficiente para terminar com o constrangimento ambiental. Mesmo que as pessoas adiram ao produto é necessário assegurar que nas várias localidades existem os devidos recipientes públicos de colocação de óleo usado, permitindo assim que o óleo não vá parar as ETARs!
Nós estimamos que, em média, pela experiência adquirida até à data, por cada habitação seja consumido, cerca de dois em dois meses 0,5 Litros de óleo no mínimo. Obviamente que varia consoante os hábitos alimentares, de pessoa para pessoa, ou mesmo em termos sazonais.
Até 2015, segundo o Decreto-lei 267/2009, existe um número mínimo de oleões a colocar por um determinado número de habitantes e a localização destes fica a cargo da entidade responsável. No entanto a quantidade de óleo que atualmente chega aos oleões é ínfima.

Nesse mesmo sentido quais os vossos objetivos futuros?
Numa primeira fase, o foque é a implementação do Col-ome, sendo que numa segunda fase procuramos a realização de projetos-piloto em torno da colocação dos oleões em situações mais padronizadas possíveis. Comparar a quantidade obtida nos oleões entre a adesão de pessoas que utilizam o Col-ome com aquelas que não o usam a colocar o óleo nos oleões face a um local onde não existam oleões, de modo a confirmar se o objetivo é alcançado ou não.
Ligarmo-nos com esse intuito a duas entidades, como o caso das IPSS locais, ou representantes dos bombeiros para efeitos de implementação do projeto e devida gestão. Serão ações locais e esperamos certa abertura de locais, pois acaba por constituir um fator benéfico e de contenção de custos para as ETARs e poderes locais. Para além de que as pessoas adiram em prole da causa ambiental.