
Carolina Esteves, 15 anos, é uma promessa do Bodyboard nacional. Compete desde 2012, ano que considera apenas de adaptação.
Em 2013, evoluiu de forma significativa e conquista o 2º lugar, em Carcavelos, na última etapa do Circuito Nacional Bodyboard Esperanças (CNBBE). Desde então, tem-se consagrado vencedora, sendo, em 2014, duas vezes vice-campeã de Portugal (Nacional e da Taça de Portugal) e atingindo o pódio em 5 das 6 etapas do CNBBE.
Este ano, já venceu 2 etapas do CNBBE (Ericeira e Viana do Castelo) e conquistou o 3º Lugar na Taça de Portugal 2015.
Atualmente integra a equipa da Seleção Nacional e desenvolve, em conjunto com a ABFM- Associação de Bodyboard Foz do Mondego, vários projetos de voluntariado tais como, o Surf Adaptado, o SurfSalva e limpeza da praia.
A atleta da categoria de Sub-18 conta com o apoio da DODO CORK BOARDS.

O que representa o Bodyboard na tua vida?
– Desde sempre que vejo o bodyboard como um refúgio, um escape aos pequenos problemas do dia-a-dia, é sempre a primeira coisa em que penso quando algo não corre como espero, surfar é como lavar a alma, há momentos em que, para mim, chega a ser terapêutico, é a minha rotina, já não me imagino a ficar muito tempo sem surfar.
O que mais te fascinou neste desporto?
– Sempre quis praticar um desporto de água, comecei por me interessar pelo surf mas logo percebi que o bodyboard é um desporto com manobras mais radicais e para mim, envolve mais adrenalina.
Para além do Bodyboard, praticaste/praticas mais algum desporto?
– Desde pequenina que pratico desporto, comecei com o Judo e depois com o basquetebol e a ginástica artística, contudo quando descobri o bodyboard acabei por abandonar ambos. Atualmente, com a ajuda do meu treinador, Nuno Trovão, tento sempre conjugar os treinos de bodyboard com os de natação e pilates.

Em 2012, afirmas ter sido um ano de adaptação. Como foi entrar em competição pela primeira vez?
– Quando competi pela primeira vez tinha apenas doze anos, acho que foi por isso que levei a competição de uma forma mais relaxada, fui numa de me divertir, dar o meu melhor e sem pressão.
E quando ganhaste a primeira etapa do Circuito, qual foi a sensação?
– Ganhar a minha primeira etapa num nacional foi fantástico, para além de ser um resultado que já procurava à muito, estava em casa com todos os meus amigos e família, foi uma vitória muito comemorada, acho que foi por isso que foi tão especial!
Do ano 2013 para 2014 conseguiste grandes progressos a nível competitivo. O que achas que mais te influenciou?
– Apesar do bodyboard ser um desporto onde competimos individualmente, os treinos são quase sempre em equipa, penso que o facto de ter grandes atletas perto de mim ajudou-me a perceber como tudo funciona e levou-me a querer cada vez mais.

Qual é a tua manobra preferida?
– Apesar de achar que cada manobra tem o seu potencial, considero o invertido aéreo (quando bem executado) uma manobra esteticamente mais perfeita e é, por isso, a minha preferida.
Quais são as tuas principais referências a nível nacional e internacional?
– Tenho a sorte de poder surfar frequentemente com grandes referências como o Luís Pereira (Porkito), o Miguel Adão e o Bernardo Jerónimo (Xouriço) que me dão imensa “pica” para evoluir. “Lá fora” sigo sobretudo as passadas da Isabela Sousa e da Alexandra Rinder, já para não falar das portuguesas Joana Schenker e Catarina Sousa, dois grandes exemplos.
Neste último ano, realizaste grandes conquistas! Como o resumes?
– Foi um ano emocionante que apesar de todas as minhas conquistas não consegui fechar da maneira que sonhava, foi sobretudo um ano de aprendizagem que acredito ser a chave para todas as alegrias deste ano.
Quais são os teus projetos para o futuro?
– No futuro, sonho em representar Portugal na seleção nacional, como qualquer atleta, bem como liderar o circuito que estou atualmente a correr e como o bodyboard não é só competição, estou já a pensar qual o lugar do mundo que vou escolher para a minha próxima viagem, surfar ondas diferentes é sempre bastante importante para evoluir!

Fotos: DR