Stand Up Paddle Board – Isa Sebastião bate recorde mundial

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No passado domingo, Isa Sebastião, actual campeã nacional de Stand Up Paddle Board (SUP) em Maratona e Sprint, bateu, em Alcácer do Sal, o recorde do mundo da maior distância percorrida num rio sem paragens a remar em pé numa prancha. Isa Sebastião fez, em 24 horas, 170 quilómetros no Rio Sado. 

Para entrar no livro dos recordes do Guiness,  a atleta tinha-se proposto a completar 130km. Superado o objectivo em 40 km, cabe agora ao Guiness a homologação do feito.

A Excelência Portugal quis saber mais sobre esta modalidade e entrevistou a atleta.
ISA4Isa Sebastião tem 41 anos e 1.80m. A lisboeta  (Alcântara)  iniciou a sua  carreira desportiva passou pelo basquetebol, o CIF foi o seu clube de formação e jogou no União de Santarém e Nacional da Madeira. Foi várias vezes campeã nacional e representou a selecção de Portugal até ao final da carreira (96 internacionalizações).

Deixou de jogar basquetebol aos 26 anos porque o desejo de fazer desporto de exploração da natureza era cada vez maior. Gosta de praticar qualquer desporto que a coloque em contacto com a natureza e lhe proporcione aventura e desafio e principalmente se forem no meio aquático- Actualmente além de SUP pratica kitesurf regularmente.

Começou a praticar  SUP quando teve conhecimento, pela internet, em 2009. Organizou alguns eventos como a Oeiras SUP Race e a primeira etapa de ondas e race no Ocean Spirit.

Em 2012 começou a competir em Race sempre com homens, em 2014, já com algumas mulheres a fazerem o circuito, sagrou-se campeã nacional de Race e Sprint (no entanto as mulheres continuam a ser “muuuuito” poucas). Em 2013, entrou numa prova do circuito mundial ficando em 7º lugar.

Na sua opoinião, Portugal tem das melhores condições da Europa e talvez mundo para a práctica do SUP. A modalidade têm várias vertentes e em todas o nosso pais é fabuloso:

– Excelentes ondas como já é sabido para o SUP Waves;

– Costa com nortada excelente para Downwinds (descer ao vento), dito pelo presidente da IOSUP, Fernando Labad, como Portugal para o downwind só o Hawai;

– Óptimas lagoas, albufeiras e rios para passeios e travessias.

Esta actividade têm sido a de maior crescimento nos últimos tempos e pensa que Portugal não vai ser excepção, A facilidade de aprendizagem, boas sensações e versatilidade são a receita para o sucesso e literalmente é uma actividade dos 8 aos 80 e adequa-se a diferentes tipos de procura de sensações: calma, adrenalina, lazer, desporto, família, etc.

Isa pessoalmente adora remar durante muito tempo mas também adora apanhar ondas.

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A nível competitivo ainda somos praticamente inexistentes. Pela Europa existem provas com mais de 100 participantes e em Portugal ainda contamos com 20 ou 30.  Para Isa Sebastião, “ainda existe a mentalidade de que se não é para ganhar então não vou. “
No que concerne a apoios, estes são idênticos aos de todos os desportos amadores e recentes, ou seja praticamente nulos. Para se conseguirem apoios tem de haver mediatismo, e esta é uma modalidade que ainda não tem qualquer tempo nos meios de comunicação social.
Fotos: DR